A masturbação é uma prática sexual solitária, isolada, secreta e viciante

Estamos diante de um assunto polêmico, que dificilmente é mencionado nas igrejas. E, por esse motivo, existem muitos crentes que se masturbam sem saber que é pecado, um vício gravíssimo aos olhos de Deus e que implica a salvação de quem está debaixo de tal jugo. A masturbação é uma prática sexual solitária, isolada, secreta e viciante. Dificilmente alguém chega a um orgasmo no próprio toque, sem imagens na mente. Quando a pessoa é casada, geralmente ela não revela ao companheiro que é viciada em masturbação.

Para os solteiros, a masturbação se apresenta como meio para fugir da tentação do ato sexual adúltero ou fornicário envolvendo outra pessoa. Mas a verdade é que ninguém lida com isso de uma maneira pura, abdicando dos pensamentos e desejos imorais e iníquos.

Alguns cientistas e sexólogos afirmam catedraticamente que a masturbação é prejudicial à saúde. Segundo os doutores Stuard Brody e Tillman Kruger em uma universidade na Escócia, a masturbação diminui a sensação de prazer em 400% na sua taxa hormonal (hormônios ocitocina e prolacitina) em relação ao ato sexual propriamente dito, ou seja, a mensagem que o cérebro recebe no ato da masturbação é de insatisfação, devido a menor liberação desses hormônios citados acima, logo a necessidade da repetição, levando ao vício.

A masturbação frequente e agressiva leva à dessensibilização, à disfunção erétil e à dificuldade para atingir o orgasmo na relação sexual. O termo que define o problema é “síndrome death grip” ou “síndrome do punho de ferro”, que impede a pessoa que se masturba do mesmo jeito, repetidamente desde a adolescência, de atingir o orgasmo com a relação sexual, em posição diferente da de costume.

Assim como a gula ou qualquer outra compulsividade, lidar com a masturbação – como quem quer deixar – é uma questão de colocar o próprio corpo à servidão de Cristo, submetendo todo o ser a Ele. Pois se há um domínio do pecado e não há luta, então aí, neste sujeito, não há conversão. Como diz o pastor Neil Barreto: “ter fraqueza não é pecado; pecado é se entregar a fraqueza sem luta”. O cristão é escravo de Cristo, não do pecado.

O pastor Carlos Junior, da Igreja Evangélica de Todos os Povos, também explica o assunto: “Masturbação é sexo sozinho e isso é pecado. No capítulo 2 de Gênesis, Deus diz que faria uma adjuntora que corresponderia ao homem. Sozinhos os nossos pensamentos são de luxúria (atos ligados aos desejos e prazeres da carne como prostituição, fornicação e incesto) e de lascívia (pensamentos desordenados e pervertidos ligados a todo tipo de sensualidade e atração). Conforme 2 Pedro 2.14, o ser humano é insaciável no pecado”, afirma.

Para ele, a masturbação não é uma problemática apenas de relevância social, fisiológica e psicológica, mas principalmente da alma e que precisa ser tratada nas igrejas. “Não basta apenas falarmos que é pecado ou passarmos rapidamente pelo assunto com a desculpa ou a justificativa de sermos “santos demais” ou a negligência por não nos responsabilizarmos por estes assuntos. Eu quero acreditar que a Igreja corresponde a esses questionamentos ou a essa demanda nos cultos chamados doutrinários, nas escolas bíblicas ou até mesmo pelos irmãos e irmãs idôneas respondendo aos neófitos da fé, mas que sejam respondidos”, disse.

O pastor Carlos Júnior incentiva o cristão a lutar contra a masturbação. “Quando tenho as minhas lutas e preciso de domínio próprio lembro-me de homens que foram transformados pela boa doutrina e justamente pela transformação deles não temos como contrariar a doutrina boa. Como exemplo cito George whitifield quando lutava contra os pensamentos de lascívia buscou a santificação até que seus pervertidos pensamentos foram vencidos, isso por 10 horas!”, finaliza.

Por Maycson Rodrigues e Monique Suriano