A maioria dos historiadores da ciência não defende a ideia de um conflito entre ciência e religião

 

Desde a invenção do rádio, alienígenas vindos de Marte habitam no imaginário das pessoas. Mas agora, somos nós os invasores. Na última semana, Estados Unidos, União Europeia, China, Índia e Emirados Árabes Unidos chegaram ao planeta vermelho através de sondas orbitais e rovers para vasculhar a atmosfera e o solo em busca de vida. O assunto entrou para topo da lista de discussão e curiosidades. Inclusive, o robô Perseverance, que pousou no dia 18 de fevereiro, já enviou ao mundo as primeiras imagens coloridas do planeta. Agora, os cientistas da Nasa aguardam o envio dos primeiros sons.

A Ciência exerce uma grande influência na vida cotidiana a ponto de ser difícil imaginar como seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. Particularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande evolução acontecida após a segunda guerra mundial. A ciência sempre esteve presente nos grandes eventos da humanidade, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento do fogo e das técnicas de preparação de corpos por mumificação.

Apesar da persistência popular da ideia de um conflito duradouro entre ciência e religião, a maioria dos historiadores da ciência não defende essa visão. A religião não vai desaparecer num futuro próximo, e a ciência não vai destruí-la, como alguns cientistas acreditam. Na realidade, contrariando o conflito, o que existe entre os dois é um apoio mútuo.

Quem acredita na Palavra de Deus, acredita que Deus é a fonte de toda ciência. “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmos 119:1). Na Bíblia, o termo “ciência” define todo tipo de conhecimento adquirido, habilidade, seja no estudo ou na experiência prática. Vemos isso no livro de Daniel, um jovem príncipe judeu dotado de ciência, que foi levado como prisioneiro de guerra pelas tropas do Império Babilônico.  O registro de Daniel 1:17 diz: “A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspec­tos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos”.

Daniel foi uma figura proeminente na corte da Babilônia, assim como os cientistas de hoje. E não só os cientistas, mas cada profissional que enxerga o seu ofício como um propósito maior, além de si mesmo e que alcança outras pessoas. Que Deus abençoe os cientistas, os médicos, os engenheiros, os professores, os advogados…  todos que dedicam, além do seu trabalho, um pouco de suas vidas.