Ser pai é uma dádiva, seja biológico ou afetivo, sua importância deve ser reconhecida, pois impacta de forma muito positiva a vida do filho

 

Diversos estudos psicológicos apontam que a figura paterna é crucial no desenvolvimento e amadurecimento saudável de uma criança, vale lembrar que nem sempre um genitor – aquele que gerou os filhos biológicos – é de fato, um pai. Quando fala-se em pai, a memória que surge na mente é daquele que guia, dá carinho e por quem se cria sentimento. Dessa forma, assim como o genitor não será sempre o pai, o inverso também ocorre.

Ao analisar a formação da família, o padrão fugiu do clássico genético, muitas vezes os padrastos ou madrastas que tornam-se os pais ao acolher uma criança através da adoção. A paternidade está mais marcada pelo amor e na criação do que na genética, assim, a figura popular do “pai de criação” ganha destaque.

Apesar de não haver como conceber como verdadeiros os “pais perfeitos”, pois somente um Pai é perfeito e Ele está nos céus, a sociedade brasileira sofre com uma grave crise no âmbito familiar e isso é culpa dos homens desta nação. Só para exemplificar, os números de abandono familiar e de negligência no pagamento de pensão alimentícia são alarmantes.

O pastor da Igreja Metodista de Macaé, Rogério da Silva Oliveira cita em seu site as obrigações de um pai segundo a Bíblia. “Na religião cristã, a Oração do Pai Nosso, especificamente em Mateus capítulo 6, versículo 11, contribuiu, de certo modo, para determinar o pensamento de que cabe aos pais a tarefa de ser o provedor do ‘pão de cada dia’. Mais do que ser provedor do ‘pão de cada dia’ e das demais necessidades básicas da casa, o pai tem a obrigação de ser amigo e isso exige estar mais próximo dos filhos, desenvolvendo neles a confiança e a devida segurança em todos os momentos da vida” explicou.

O ministro cita três situações relevantes que devem receber uma maior atenção no relacionamento com os filhos:

Processo Educativo: Ação que permite ao pai perceber que seu filho será pai/mãe dos seus netos. Mais do que a intuição divina que recebem de Deus, o estar presente nas várias fases da formação dos filhos é uma obrigação fundamental que o ajudará a compreender o cuidado especial que deverá ter quando tiver que assumir o mesmo papel;

Processo Afetivo: Ação imprescindível que permite ao pai perceber que seu filho é um ser que precisa ser amado, respeitado e protegido. A visão equivocada do processo educativo que apenas pune, geralmente muito praticada, precisa ser revista. Quanto mais presente na vida do filho, menor será a necessidade de castigá-lo;

Processo Familiar: Ação que permite ao pai perceber que seu filho é parte de si mesmo. Precisam ensiná-lo a valorizar e respeitar a seus pais e irmãos. Mostrar a ele que sozinhos, serão sempre fracos e incapazes, mas quando unidos com pessoas merecedoras de confiança, serão fortes para superar todas as adversidades.

A família permanece sendo uma instituição que só encontra valor e sentido na concepção natural e bíblica. O Pai de Jesus Cristo ainda é o padrão. E ainda há sete mil irmãos do Senhor que não se dobraram ao espírito covarde que busca roubar a virilidade e a virtude dos homens que foram feitos à imagem de Deus.

Pais verdadeiros, ao contrário do que muitos pensam, permanecem existindo e fazendo a diferença na vida de tantas crianças, adolescentes e jovens. Ser pai é uma dádiva, seja biológico ou afetivo, sua importância deve ser reconhecida, pois impacta de forma muito positiva a vida do filho.

Por Maycson Rodrigues e Milena Scheid
Foto New Old Man / DINO