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Vivemos num mundo bastante esclarecido sobre o problema decorrente do consumo de produtos viciantes, como o tabaco. Há vários estudos científicos que comprovam o mal inerente à nicotina e os estragos ao organismo que o cigarro faz a médio e longo prazo. E infelizmente, independentemente da condição religiosa do sujeito, muitos são os que padecem por conta de enfermidades que são consequência de anos de consumo. O objetivo desta matéria é lançar luz a todos que desejam abandonar o vício do cigarro, e teremos uma ênfase especial ao caso envolvendo cristãos que possam estar nessa luta.

Falando inicialmente sobre as doenças que o tabaco provoca, temos já o conhecimento científico que este contribui para o desenvolvimento de enfermidades, tais como catarata, tuberculose, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidades em mulheres, infecções respiratórias e outras. Portanto, quem é viciado em cigarro está assumindo um projeto de abreviação da própria existência, e caso essa pessoa ame a vida e familiares, acredito que vale uma reflexão sobre considerar viver por mais tempo com essas pessoas que tanto a amam. Será que não vale a pena estar mais uns 10 ou 20 anos com cônjuge, filhos, amigos e parentes?

Aproximadamente 70% dos fumantes desejam parar de fumar, mas poucos conseguem, sendo que a maior parte deles carece de cinco a sete tentativas antes de abandonar definitivamente o cigarro. A dependência da nicotina é uma complexa desordem e é muito difícil de ser superada. Uma das principais causas que contribui para a manutenção do vício é a intensidade da síndrome de abstinência. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas vai aumentando nas primeiras 12h e chega ao auge no terceiro dia. O desconforto piora ao anoitecer, e as maiores reclamações estão ligadas à compulsão aumentada, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de manter o foco, agitação, sensação de sonolência, bem como reações de hostilidade. Estas alterações podem ser observadas por 30 dias ou mais, porém os sintomas de compulsão podem durar por muitos meses e anos.

Podemos ver então que transtornos psiquiátricos estão ligados ao consumo de tabaco. Definitivamente não estamos falando de um problema pouco danoso à vida humana; estamos tratando de uma patologia que pode matar pessoas antes mesmo que a morte chegue. Pessoas nascem já sabendo que vão morrer, mas há tipos e tipos de mortes e mais: há mortes dolorosas, deprimentes e traumáticas que podem ser evitadas através de simples resoluções que a pessoa faz enquanto ainda dá tempo de corrigir a rota da própria vida.

Ainda temos de considerar o problema espiritual da dependência química, o que obviamente inclui o caso específico que estamos tratando. A Escritura nos mostra que vícios são “obras da carne” (Gl 5.21). Neste texto, podemos incluir o cigarro na categoria de “pecados de ordem consumistas”, como as “bebedices” e “glutonarias”. Pessoas viciadas em cigarro não são muito diferentes das pessoas viciadas em bebidas alcoólicas. Entretanto, o cristão foi chamado para a “liberdade” (Gl 5.1), de modo que viver sob o domínio de algum vício é se submeter, novamente, a jugo de escravidão.



O próprio Senhor Jesus disse que “todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Não há como viver plenitude cristã sendo escravizado a qualquer desejo que não seja por buscar a glória de Deus sobre sua vida. Logo, é de vital importância que cada um que confessa o senhorio de Cristo entre em batalha espiritual contra esses pecados relacionados ao consumo desenfreado. Se Deus não pode ser adorado e se não podemos dar testemunho público do que pensamos, falamos ou fazemos, é porque devemos abandonar imediatamente tal prática.

E temos a promessa do evangelho em nosso favor quando o assunto é vitória sobre um vício: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João 8.36)”. O próprio Cristo declarou que sua obra redentora é eficaz para promover a verdadeira liberdade cristã em nossas vidas. Por isso, é necessário buscar a libertação primeiramente pela fé, e posteriormente utilizando as ferramentas humanas que são produtos da graça comum de Deus, de modo que se obtenha um processo gradual de desintoxicação. Com a ajuda de Deus e da medicina, qualquer ser humano pode vencer qualquer patologia ou prática viciante.

Que assim seja sobre sua vida, caso você esteja em luta contra este problema. Lembre-se sempre: se você tem o Filho, você tem a vida (1Jo 5.12a); pela fé em Jesus, você pode todas as coisas, por Ele mesmo ser quem te fortalece (Fp 4.13).