Tem de ser homem para desejar muitas mulheres, mas tem de ser muito mais homem para amar uma mesma mulher, para sempre

 

As coisas não estão como você gostaria? É compreensível. Sua mulher reclama muito? Nada está bom pra ela? Ok. Às vezes você vira a esquina, ou melhor, você acessa a internet no seu smartfone… e já surge uma centena de mulheres mais bonitas, mais atraentes, mais cativantes que mexem com os seus olhos e com sua imaginação. E aí, você entra num processo denso de “fuga da realidade” e se deixa levar pela oferta da virtualidade. A impressão que se tem é que tudo é tão bonito, tão perfeito… que você até se esquece de que as chances de tudo isso não ser real são de 99,99%. .

Ok, marido. Você está chateado e desmotivado e talvez tenha umas duzentas razões para buscar uma “novidade” na vida. Estás pensando que isso não vai dar certo, porque o seu amor já não é como o do primeiro encontro ou o do primeiro beijo – na verdade, você já está saturado de tudo isso e pensa muito numa possível separação. Só que você afirma para todo mundo que tem caráter, sendo uma excelente pessoa e que valoriza a família. Sugestão: que tal fecharmos esta conta?

Há uma dicotomia aí, provavelmente, em seu coração. Você tem vontades, imaginações e desejos que são parte de uma natureza dialética, que pode tanto produzir o bem quanto produzir o mal, só que você também tem algo real e tangível que é o seu casamento. Você se casou debaixo da graça de Deus, diante de muitas testemunhas e publicamente disse: “eu vou amar essa mulher!”. Então é o seguinte: desista! Vá para a sua casa e ame a sua mulher! Porque é isso que você prometeu, meu caro. É o seu voto! Não tem volta para um voto! Veja o que diz a Escritura: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.” (Eclesiastes 5.4,5).

A questão é que você tem inúmeras opções da sua cabeça e uma exclusiva opção que, na verdade, nem opção o é, pois, diz a Escritura também: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,” (Efésios 5.25). Você tem o dever de amar a sua mulher. Repito: você tem o dever de amar a sua mulher. E talvez diga: “as pessoas não entendem. Eu já não sinto nada por ela!”. É claro que muitas pessoas entendem. Conversa franca: você diz ter um bom caráter, certo? Pessoas com um bom caráter amam as pessoas e não as usam. E a sua mulher é uma pessoa e não coisa, definitivamente. Então você deve amar a sua mulher.

Você vai responder, talvez: “mas isso é ridículo! Não se ama sem sentir, e eu já não sinto mais o mesmo desejo de antes.” A melhor resposta para este pensamento: muitas vezes você não tem vontade de trabalhar, não se “sente bem”, mas vai. Sabe por quê? Porque você não vive sem dinheiro, porque o dinheiro importa para você e, porque sem dinheiro, o Estado acaba contigo. Então você vai. Entenda: vá para a sua casa e ame a sua mulher, pois se não fizer isso, não terás o caráter bom que diz ter; logo, não poderá viver a liberdade de uma vida vivida com integridade e ainda serás infeliz todos os dias da sua vida, mesmo sendo rodeado de amigos, mulheres, bens e lazer, fora o dinheiro. Pois existem coisas na vida que não se compram e ninguém pode dar a não ser a sua família. Quando você diz que não sente o suficiente para amar a sua mulher, está, na verdade, dizendo que o dinheiro, o prazer, o lazer e as pseudo-amizades são mais importantes do que a sua mulher, mas você sabe que isso é mentira. E homens de bom caráter odeiam a mentira.

Por fim, o recado final é: amar a esposa é um mandamento e não uma opção. É um ato da vontade, uma escolha. Tem de ser homem para desejar muitas mulheres, mas tem de ser muito mais homem para amar uma mesma mulher, para sempre. Que Deus te abençoe nesta linda missão, a sua missão, que também é a todos aqueles que um dia disseram “sim” no altar a uma mulher.