A morte do pastor Andrew Stoecklein, da Igreja Inland Hills, na Califórnia (EUA), ocorrida no dia 25 de agosto, está repercutindo no mundo inteiro, chamando atenção para algo que apesar de pouco falado e até mesmo considerado, é uma realidade que precisa de atenção e compreensão, pois é enorme a carga emocional que os verdadeiros pastores carregam em suas costas em prol do Reino de Deus. No caso de Andrew, os noticiários informaram que ele sofria de depressão e ansiedade, lutando contra isso por anos. “Como profissional de saúde mental posso confirmar que sim, muitas vezes isso é uma realidade emocional que ocorre em silêncio, de forma que poucas pessoas sabem, senão os mais íntimos e olhe lá. É por isso que o choque ao saber da notícia é tão grande”, afirma Marisa Lobo.

Os pastores, líderes de modo geral, são pessoas que sempre pensam em primeiro lugar nas suas ovelhas. Se ele está ferido, mas enxerga outra pessoa ferida precisando de ajuda, ele é capaz de ignorar por um momento a dor da sua própria ferida para ajudar na cura da outra pessoa. Seja uma questão emocional, espiritual, social e até mesmo econômica. Essa capacidade de abdicação e iniciativa é uma das características mais marcantes da liderança, especialmente da vocação ministerial. Muitos desses líderes sofrem em silêncio por acreditar que não devem acrescentar sofrimento na vida de pessoas que ele mesmo cuida. Então, ao invés de compartilhar suas dificuldades pessoais, ele guarda para si, preferindo manter uma aparência de força e fé inabaláveis em benefício de outras pessoas. “Isso é muito preocupante, porque termina fazendo com que o sofrimento pessoal não seja tratado, gerando um acúmulo de angústia e outros problemas que podem acarretar em doenças como a depressão”, informa a psicóloga.

Na semana da morte do pastor do pastor Andrew Stoecklein, o pastor e escritor Geremias Couto postou a seguinte frase nas redes sociais: “Pastores também choram”! O pastor Josué Gonçalves também comentou a morte de Andrew, em sua conta no Instagram, dizendo que esse acontecimento “serve como um sério alerta para nós pastores repensarmos a forma como estamos cuidando da nossa própria saúde emocional, físicos e espiritual”.

Fonte: Gospel Mais