A fornicação é o ato sexual fora do ambiente do casamento, praticado especificamente por pessoas na condição de solteirice

 

A primeira coisa que podemos aprender nas Escrituras é que a santificação e a pureza sexual são temas bastante recorrentes, especialmente no Novo Testamento. Paulo é o escritor que mais aborda essa questão, mas o Senhor Jesus e os demais apóstolos também enfatizavam bastante a pureza moral como uma grande evidência da conversão a Deus. Uma vida que experimenta a salvação realizada por Cristo na cruz se revela ao mundo com boas obras, incluindo a prática da santidade. Paulo disse aos irmãos tessalonicenses: “Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais. Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação”, 1 Tessalonicenses 4.1-7.

No verso 3 o apóstolo afirma categoricamente que “a vontade de Deus é a nossa santificação” e ele traz uma expressão bastante prática desta vontade divina: “que vos abstenhais da fornicação”. Temos de lembrar que os cristãos em Tessalônica estavam caminhando muito bem no evangelho, dando muitos frutos na fé e gerando muita alegria ao coração de Paulo (1 Ts 2.13-20); logo, a exortação do texto mencionado no parágrafo acima está dentro de uma palavra pastoral do apóstolo que visava alinhar as motivações dos irmãos, de modo que isso se refletisse em seus relacionamentos. Deus então está falando na Escritura por meio do apóstolo que relações sexuais somente são legítimas no ambiente conjugal e respeitando as limitações físicas e espirituais que o próprio Criador estabeleceu sobre a humanidade. A expectativa divina é que o cristão olhe para o seu corpo e o veja como um objeto de adoração e não rejeição de Sua graça.

Analisando mais profundamente o texto de 1 Tessalonicenses 4.1-8, vemos que Deus está atento à forma como conduzimos o nosso coração nas questões relacionadas ao desejo sexual. Por mais que muitos crentes liberais acreditem que a psicanálise freudiana tem uma boa resposta para uma ênfase forte em assuntos dessa natureza, sabemos que o conselho do Senhor é bom e muito mais amplo, o que não nos impede de meditarmos, de tempos em tempos, nos mais diversos pontos da doutrina cristã sem sermos excessivamente enfáticos num ponto em detrimento de outros.

No entanto, trata-se de fuga e é hipocrisia negar a necessidade de falarmos francamente sobre questões ligadas à sexualidade em sua maneira mais prática e experiencial. Definitivamente, os cristãos precisam tratar dessas questões em seus ambientes de ensino e discipulado. Jovens precisam ouvir sobre um relacionamento santo e adolescentes precisam entender que Deus não deixará impune aquele que trocar a graça por um prato de lentilhas espirituais. O capítulo 5 desta carta do apóstolo Paulo trata da vinda do Senhor. Uma igreja militante, padecente e triunfante precisa estar se adornando para se encontrar com o Rei. É tempo de limpar as vestes e santificar o coração, pois já estamos nos últimos dias.