Tempo Verbal: Futuro do presente do modo indicativo

Da primeira vez, no capítulo 16 de Gênesis, Agar fugiu para o deserto, fugiu de Sarai, porque esta percebeu que ela a desprezava. Então Sarai a afligiu, por isso estava fugindo quando o anjo do Senhor a encontrou perto de uma fonte de água no deserto. Ele perguntou a ela: Donde vens, e para onde vais? Pergunta interessante esta: Donde vens – qual a tua procedência? Para onde vais? Qual o teu destino? Ela, porém, não respondeu a segunda pergunta, pois não sabia o seu destino. Respondeu-lhe apenas a primeira pergunta: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora – Vendo-a o anjo do Senhor, fez-lhe uma promessa acerca daquela criança que estava em seu ventre: “Ele será homem bravo, e a sua mão será contra todos e a mão de todos [será] contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.” – os verbos: será e habitará, utilizados neste trecho expressam certeza, convicção acerca do futuro de Ismael – mas Agar ainda não estaria convicta deste futuro, e em um determinado momento ela iria desacreditar do futuro de seu amado filho. Porém naquele momento especial ela se deu conta de que estava vendo o Senhor. Vejamos o que ela disse: “Tu és o Deus da vista […] não olhei eu também para aquele que me vê”. O Deus que se apresentou a Agar é El Roí – o Deus que me vê – me vê em todos os tempos – o Deus que enxerga o futuro – o meu futuro e o futuro da minha família: Ele será, ele habitará. C e r t e z a –C o n v i c ç ã o. O que é isso? Que certeza maravilhosa é essa. Eu não devo e não posso duvidar. Mas Agar… de novo no deserto, agora com seu filho. Veja o que aconteceu.
Da segunda vez, agora no capítulo 21, a partir do versículo 14 – novamente Agar no deserto, acompanhada de seu filho Ismael. Era madrugada, quando recebeu das mãos de Abraão pão e um odre de água, e também ele a entregou o seu filho Ismael, despedindo-a. Ela, mais uma vez, se foi para o deserto – não sabendo aonde ir. A água acabou – e agora? Meu filho vai morrer. Lançou-o debaixo de uma das árvores. Que árvore? Como assim? Para protegê-lo do sol?! A árvore agora não importa. Ela l a n ç o u o menino. Atirou-o com força. Arremessou-o. O que?!!! Como se ele fosse uma bola? Sim, isso mesmo. Tal era o seu desespero, pois achava que o seu filho, seu amado filho fosse morrer. No entanto, uma promessa havia sido feita. Uma certeza de Deus foi

decretada: Ele será, ele habitará. Ismael não morrerá no deserto. O Deus que enxerga o seu futuro providencia uma fonte de água, Que não veja eu morrer o menino – Agar se esqueceu do Deus que lhe vê: El Roí – O Deus que me vê. Então ela chorou. Agar chorou. E Deus ouviu a voz do menino, embora ele não houvesse proferido nem uma palavra sequer. – Que tens, Agar? – Não se preocupe, Deus ouviu a voz do rapaz. Veja, ele é um rapaz; não é mais um menino. Vá até ele, e levante-o, porque eu farei dele uma grande nação. Então viu um poço de água: Água para meu filho. Aleluia! Deus abriu os seus olhos materiais e espirituais, para que Agar enxergasse o futuro que lhe tinha prometido para Ismael.
O Deus que me vê enxerga o meu futuro. Agar soube bem o que isso significa: El Roí – enxergou o futuro de seu filho: Ele foi homem bravo, sua mão era contra todos, e habitou diante da face de todos os seus irmãos. Louvado e exaltado seja o nome do Senhor!