O pastor José Maria Guimarães afirma que o espírito da miséria conduz a pessoa a viver em uma casa imunda e não gasta dinheiro para arrumá-la.

 

Os espíritos malignos são uma realidade porque as Escrituras demonstram sua existência, em especial nos evangelhos sinóticos. É fato que Jesus expulsou legiões de demônios e que sua vitória na cruz também foi sobre “principados e potestades” (Colossenses 2.15). Um cristão verdadeiro não pode ser habitado por nenhum espírito que não seja o Espírito Santo; contudo, um cristão verdadeiro pode ser ludibriado ou influenciado por espíritos malignos que o conduzem a uma vida de miséria ou irresponsabilidade com as coisas que Deus lhe dá.

Há quem simplesmente não arrume a casa porque é preguiçoso. E a Escritura vai condenar esse tipo de atitude: Cuida do bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. (Provérbios 31.27). O pastor José Maria Guimarães afirma que o espírito da miséria conduz a pessoa a viver em uma casa imunda e não gasta dinheiro para arrumá-la. “O espírito da miséria financeira é manifestado de várias formas. Por exemplo: a casa da pessoa vive imunda. Eu não estou falando de humildade, estou falando de sujeira. Existem pessoas que tem praticamente um museu dentro de casa de tanta velharia e coisa quebrada. O vidro da janela quebra e o camarada coloca papelão no lugar. Nunca arruma a casa dele. A parede nem rebocada foi. Os anos passam e ele gasta dinheiro com tudo menos com a casa. Um pedacinho do prato quebra e a pessoa continua usando” concluiu o pastor.

As obras da carne são manifestas por conta da incredulidade do crente. Paulo adverte sobre isso em uma de suas cartas: Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5.19-21)

Na expressão “coisas semelhantes a estas”. Pode se entender que, dentre estas coisas, há outras não mencionadas que são produções malignas por parte dos homens tanto quanto as produções da lista acima. Com isso, deve-se incluir a preguiça, a falta de zelo com a própria casa, a ausência de autocuidado etc.

O missionário e pregador Alexandre Oliveira exemplifica em seu site, como o espíritos malígnos atuam: “Quem for mãe de jovem ou adolescente, irá compreender bem esse exemplo: O quarto do seu filho está todo bagunçado. Daí, você resolve organizar o quarto do seu filho como um gesto de carinho. Ele, ao chegar em casa, depara-se com o quarto todo arrumado e limpo, e começa a reclamar: “Mãe, onde a senhora colocou aquela minha camisa? Não estou achando mais nada aqui! Com certeza, essa mãe ficará aborrecida com a aparente ingratidão do filho. Mas veja que aqui está o mais importante: seu filho, antes, conseguia achar as coisas dele no meio daquela “bagunça organizada”, ele havia se acostumado a viver no meio daquele caos que era o quarto”.

O pastor Alexandre Oliveira afirma que o crente não deve se acostumar com a desordem que o inimigo cria. “O inimigo age da mesma forma! Ele gosta de uma “bagunça organizada”, ele se satisfaz em montar estratégias, unicamente com o objetivo de trazer o caos e a desordem ao coração humano. Portanto, precisamos estar atentos para que nosso interior não se acostume com a desordem que o inimigo nos oferece” explicou o pregador.



A verdade é que Satanás está buscando roubar a plenitude de Deus na vida dos cristãos e ele consegue êxito quando os mesmos relativizam práticas que a Escritura condena de forma absoluta. É preciso reconhecer que o cristão não é perfeito, mas está em contínuo processo de aperfeiçoamento, o que implica em arrependimento de obras mortas e transformação na maneira de pensar e agir. Não convém a quem nasceu de novo permanecer na prática da procrastinação quanto aos afazeres domésticos ou mesmo ao cuidado do próprio corpo e ainda é bastante negativo que um cristão se entregue a um estilo de vida improdutivo e preguiçoso.

Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos. Sejam fervorosos de espírito, servindo o Senhor. (Romanos 12.11)

Por Maycson Rodrigues e Milena Scheid
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