“O batismo nas águas é um símbolo, uma declaração externa do salvo para demonstração do que aconteceu sobrenaturalmente em seu interior”

 

A pergunta que gerou esta matéria, apesar de ser polêmica, é simples de ser respondida. Um ser humano só é unido a Cristo pela fé (Romanos 3.24-26) e não pelo batismo, que é um instrumento da graça. Se alguém morre na fé sem o batismo, será salvo porque somos salvos pela graça, por meio da fé. No entanto, Cristo ordena o batismo, porque este é o meio que Deus escolheu para efetivar a salvação e a santificação do seu povo. Este lavar em água em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28.20) é o significado e o selo desta união com Cristo, a inclusão participativa nos benefícios na aliança da graça, e a promessa divina de que seremos para sempre do Senhor.

Para o teólogo Dr. J. V. Fesko, Deus usa a água em conexão com o contexto mais amplo da história da redenção. Ao longo de toda a Escritura, a água e o Espírito aparecem em assuntos que revelam o cenário da nova criação. O Espírito Santo pairava sobre a criação (Gênesis 1.2). Quando Jesus foi batizado, o Espírito desceu sobre Ele na forma de uma pomba (Mateus 3.16). Deus utilizou água, juntamente com a obra do Espírito, para efetuar novas criações, seja a primeira criação, a terra recriada após o dilúvio, a criação de Israel como nação ou a pedra angular da nova criação por meio de Jesus.

Para o pastor Josias Pereira Lima, o batismo nas águas é um símbolo, uma declaração externa do salvo para demonstração do que aconteceu sobrenaturalmente em seu interior. “O batismo nas águas, conhecido nas escrituras como o batismo de João e praticado pela igreja até os dias atuais, é o batismo do arrependimento. É um ato humano, um simbolismo, ou uma sombra do novo nascimento. O batismo nas águas é uma ordenança de Jesus aos seus apóstolos e consequentemente à igreja”, explica ele. “A decisão do batismo deve ser tomada logo que a pessoa tenha convicção de que está disposta a viver uma nova vida em Cristo Jesus”, completa.

“A condição biblicamente exigida para salvação não é especificamente o batismo nas águas. O que determina a eternidade em salvação ou perdição eterna não é se você foi batizado nas águas ou não, mas se você nasceu de novo, se nasceu da água e do Espírito como Jesus ensinou a Nicodemos (Jo 3.7). Muito embora seja realizado em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, o batismo é uma obra humana e nenhuma obra humana pode salvar: ‘Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie’ (Ef. 2.8-9), ensina o estudioso das Escrituras.

O pastor Josias ainda orienta que quando uma pessoa é impossibilitada de se batizar, por idade avançada, ou deficiência física, um batismo excepcional por aspersão pode ser feito para representar o batismo por imersão. “Ambos os batismos possuem o mesmo efeito e objetivo, desde que sejam realizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! O batismo nas águas é muito importante, mas é apenas um simbolismo”, concluiu o pastor.

Por Maycson Rodrigues e Monique Suriano