Para a Psicologia, a ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça.
O Brasil é o país da maior festa da humanidade – o Carnaval. Tornou-se um patrimônio cultural do mundo. É o campeão da folia, mas também é em transtorno de ansiedade e sofre uma epidemia da doença. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Tal país, no entanto, é o maior país cristão do mundo. Ainda assim apresenta índices altíssimos de violência, corrupção, fome, depressão e suicídio (33/dia).
O que é a ansiedade?
A ciência diz que é uma sensação ou sentimento (reações inerentes ao ser humano) decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central consequente à interpretação de uma situação de perigo. O perigo não adoece, o que adoece é a interpretação que o indivíduo faz de uma situação de perigo. Para a Psicologia, a ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça. Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro. Outra definição é: uma preocupação intensa, excessiva e persistente de medo de situações cotidianas.
O problema que a ansiedade traz, é a impossibilidade de antecipar e controlar o futuro, fato que inconscientemente, o ansioso já tem noção. Na prática, o transtorno de ansiedade é um sentimento que, de qualquer forma, frustrará quem o possui. Quem foi sequestrado pela ansiedade não poderá viver uma vida plena. Ou a pessoa remonta a própria percepção do futuro a partir da realidade vivida no presente, ou viverá cada “hoje” angustiado e frustrado.
A ansiedade pode ser tomada como um tipo de incredulidade, uma negação da soberania de Deus. O cristão deveria sempre abandonar tais sentimentos e sensações de forma livre e consciente, pois as promessas do evangelho nos apontam para um futuro de glorificação e alegria eterna.
Em seu site, o pastor Luiz Cézar Nunes de Araújo explica que o que determina a paz não é a ausência de aflições, mas sim a presença e os cuidados de Jesus. “O que determina a paz no barco não é a ausência da tempestade lá fora, mas a presença de Jesus do lado de dentro (Mt 8.23-27). Jesus prometeu ao povo cristão, uma paz que o mundo não pode dar (Jo 14.27), no entanto, afirmou também que o mundo teria aflições (Jo 16.33).” O pastor continua a reflexão citando um hino. “Paz não é a ausência de problemas e aflições, mas é uma dependência completa do cuidado do Pai Celeste. Faz bem refletir esta estrofe de um hino que diz: “Com Tua mão segura bem a minha, e pelo mundo alegre seguirei. Mesmo onde as sombras caem mais escuras, Teu rosto vendo, nada temerei”, completou.
Três caminhos para a liberdade da prisão que é a ansiedade:
* Troque a ansiedade pela comunhão com Deus (Filipenses 4.6-9);
*Pregue a si mesmo o evangelho. Diga ao próprio coração que o seu socorro vem do Senhor (Salmos 121);
*Mude hábitos, reconheça limitações e separe um tempo para ansienutrir seus relacionamentos;
*Confie em Deus em oração. Em Mateus 6.25-34, o Senhor Jesus ensina que não deve-se ficar ansioso, cuidadoso e inquieto com a nossa vida. O que deve-se fazer é buscar o reino de Deus e a Sua justiça (v.33). A oração vence a ansiedade. Quem ora bastante vive bem.
Por Maycson Rodrigues e Milena Scheid
Foto: Freepik
O primeiro parágrafo estava muito interessante, até que enfim… A hipocrisia religiosa! É só por essas e por outras que as pessoas deixam cada dia mais de irem a igreja.