O cristão não deve ficar no conforto olhando para o pecado (+ crime) da pastora, sem antes clamar a Deus pela misericórdia sobre sua própria vida.
Jesus já tinha advertido que o escândalo é algo grave (Lucas 17.1-2). Ser um falso cristão, alguém que usa o evangelho para benefício próprio, se torna uma vergonha para o cristianismo. E agora, as redes sociais se tornam novamente uma arena pública de debate sobre moralidade e hipocrisia.
Flordelis está respondendo a diversos crimes. As evidências são robustas e o cenário é completamente degradante para a imagem e para os direitos políticos da pastora que também é parlamentar. Dificilmente escapará das condenações, pois há muita materialidade nas investigações que concluíram que ela foi a mandante do assassinato do seu próprio marido.
O cristão não deve ficar no conforto olhando para o pecado (+ crime) da pastora e cantora gospel, sem antes clamar a Deus pela misericórdia sobre sua própria vida. Afinal de contas, “aquele que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10.12 NAA). Alguns estão praticamente celebrando a queda de alguém que se auto sabotou tanto que culminou na própria queda e desgraça. Outros, só porque ela é mais conservadora politicamente, já conseguiram ligar a política à conduta dela, como se todos os crentes mais conservadores também fossem assim.
Os fariseus modernos estão agora agindo como sempre agem: como aproveitadores nada empáticos que selecionam as pessoas a quem vão defender e atacar. Quando Jesus falou contra os fariseus, alguns se animam tanto, mas deveriam se preocupar, pois se encaixam perfeitamente nessa categoria de gente encharcada de justiça-própria, ódio e complexo de superioridade. Criticam a ênfase moral dos “fundamentalistas”, mas se consideram moralmente superiores a estes que eles chamam de hipócritas, violentos e maus.
Flordelis não é inocente e impossibilitada de pecar, assim como qualquer outro que se diz cristão. Basta que desista de continuar reconhecendo e confessando os pecados diariamente e lutar contra si que o destino será num tribunal ainda mais assustador do que o tribunal da internet.
Em uma entrevista para o JRE, pastor Gilberto Alonso Maia explica que o cristão está a todo tempo sendo tentado, mas deve lutar contra esses pecados. “Dentro de cada pessoa existem as tentações, os desejos, as vontades pecaminosas. Coisas que devem manter vedadas. O cristão sabe que a todos os instantes está sendo tentado. Jesus não foi tentado? Não foi Ele, no deserto, tentado quarenta dias e quarenta noites?”. O pastor continua a explicação usando o apóstolo Paulo como exemplo. “Isso diz que nem o filho de Deus foi poupado da tentação; agora, será que alguém é melhor que Paulo? Alguém em alguma igreja é melhor que Paulo? O próprio apóstolo Paulo diz que o pecado habita dentro dele. O pecado habita nos seus membros. Ao dizer isso, Paulo se despiu e, nu diante da igreja de cristo, diz que ele é o que é cheio de problemas, cheio de lutas interiores, mas que combateu um bom combate. E assim, como Paulo, devemos lutar até o final”
Todos nessa terra são pecadores e não são santos. É preciso abandonar o costume de celebrar a desgraça alheia e sim procurar andar de modo digno do evangelho, por meio de um ‘modus vivendi’ que dignifica a Cristo. E não. Nem todo o que diz a Jesus: “Senhor, Senhor!” entrará o reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do pai Jesus, que está nos céus” (Mateus 7.21). Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo (Mateus 24.13), mas os apóstatas comprovarão no Grande Dia que nunca foram nem pertenceram à Santa e Una Igreja de Jesus Cristo.
Por Maycson Rodrigues e Milena Scheid
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