Tudo começou no ano de 2005, adoeci de uma hora para a outra e os médicos não conseguiam descobrir o que eu tinha. Até que um deles resolveu pedir uma tomografia computadorizada da cabeça e o diagnóstico foi hidrocefalia- tipo de doença onde a cabeça cresce, geralmente encontrada em criança, um caso raríssimo em adultos. Naquele momento fiquei sem chão.
Aos poucos fui perdendo a visão e os movimentos do corpo. As dores de cabeça eram muito fortes. A solução imediata foi uma cirurgia na cabeça para colocar uma válvula de derivação ventricular para drenar o líquido que estava no meu cérebro. Antes da cirurgia, o médico pediu uma ressonância magnética para saber a causa da hidrocefalia. Foi quando descobri que eu estava com um tumor no cérebro. Pensei que ia morrer. A essa altura eu já estava em cima de uma cama, cega, e sem poder andar.
No dia 24 de dezembro de 2005, eu dei entrada na emergência do Hospital Salgado Filho para a internação. Eu estava nas mãos do Senhor. Um dos momentos mais difíceis foi raspar a cabeça. Depois disso tomei a anestesia e não vi mais nada. Acordei com a cabeça toda enfaixada, somente meu nariz e a boca estavam para fora. Logo os médicos entraram no quarto e a enfermeira desenrolou a faixa da minha cabeça. Eles fizeram alguns testes para saber se eu estava enxergando e se meus movimentos tinham voltado. Sim, tudo funcionava perfeitamente. Glória a Deus, não fiquei com nenhuma sequela, a cirurgia tinha sido um sucesso.
No dia 30 de dezembro o médico me deu alta para passar ano novo com minha família. Na semana seguinte eu voltei para retirar os pontos. Naquele dia o médico me perguntou se eu estava preparada para a próxima cirurgia. Eu perguntei por que, e ele disse que agora eles teriam que tirar o tumor. Então pensei: Meu Deus a minha prova ainda não acabou! O médico explicou que meu cérebro estava muito inchado com o edema e por isso eles tiveram que primeiro drenar o líquido para diminuir o tamanho do cérebro e só depois retirar o tumor. Não queria passar por tudo novamente, ficar com o crânio aberto, com a cabeça cheia de pontos, horrível para dormir, uma dor tremenda.
Foi então, que com autoridade do Espirito Santo de Deus, eu perguntei ao médico quando tempo eu ainda teria antes de fazer a cirurgia. Ele respondeu que eu tinha no máximo seis meses. Disse a ele que voltaria em seis meses, mas sem tumor nenhum no cérebro. Nesse período minha igreja orou por mim, fizemos campanhas confiantes de que Deus poderia me curar. Porque Deus não muda, Ele ainda realiza milagres. Passados os seis meses, fiz outra ressonância magnética e para honra e glória do Senhor Jesus, o tumor desapareceu. Levei o novo exame para o médico, ele comparou com o antigo e ficou admirado com o resultado. Depois ele me disse: viva sua vida normalmente. Saí dali com uma alegria tremenda, pois o Senhor tinha verdadeiramente me curado e não precisei fazer mais nenhuma cirurgia. Já se passaram sete anos e eu estou aqui para contar o que Deus fez na minha vida.
Testemunho de Jocinéia de Oliveira da Silva- Membro da Catedral das Assembleias de Deus em Itaguaí, presidida pelo pastor Roberto Ribeiro de Souza.