Esta é uma história que conta sobre o sobrenatural de Deus agindo na realidade humana. Uma prova de que Deus ainda opera milagres em nossos dias e se move de maneira sobrenatural na vida de quem crê. A menina da foto é minha filha e se chama Beatriz Gabriela, uma menina cheia de sonhos e de vida que foi marcada por Deus para ser prova viva de seu Poder.

Em 24 de julho de 2011, aos sete anos de idade, a Beatriz sofreu um grave acidente de trânsito. Ela estava atravessando a Rua Araguaia, Região Central de Londrina, quando foi atropelada na faixa de pedestres por um taxista. O impacto foi tão forte que ela foi lançada, segundo a perícia, a mais de seis metros, caindo sem vida no chão. Por uma providência divina, naquele momento passava pelo local um socorrista do SIATE que prestou os primeiros socorros colocando a Beatriz na posição correta e fazendo massagem cardíaca e respiração boca a boca, o que a trouxe de volta a vida.

A Beatriz foi levada para o Hospital Evangélico de Londrina, onde deu entrada com o seguinte diagnóstico: perna esquerda quebrada, quadril esquerdo fraturado, baço dilacerado, úmero esquerdo quebrado, clavícula esquerda e direita quebradas, contorção pulmonar, traumatismo craniano nível III. Ela estava em código III e rapidamente vários profissionais começaram a batalha pela vida.

Um Neurocirurgião foi chamado e logo fomos informados de que o quadro era gravíssimo. A Beatriz estava com uma hipertensão craniana (o cérebro estava inchado), ela estava em coma, entubada, ligada a vários aparelhos, inclusive a uma bomba de noradrenalina que ajuda a manter o coração batendo. As dúvidas eram muitas, e poucas as respostas. Mas sabíamos que em Deus temos esperança e todas as respostas. Então nos mantivemos em clamor pela vida da Beatriz. Para cada má notícia que recebíamos, tínhamos um clamor diante do trono de Deus. Firmes estávamos na mensagem do profeta Oséias “…porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós” (Os 10:12).

No dia 27 de julho, três dias após o acidente, a equipe médica nos chamou e as notícias eram muito ruins. O neurocirurgião nos informou que o cérebro da Beatriz estava cada vez mais inchado e que o sangue já não circulava corretamente, provocando várias lesões e consequentemente a morte cerebral. Ele nos disse que os medicamentos e intervenções já não produziam resultados. Não havia o que fazer, a não ser uma cirurgia para retirar um pedaço de osso de cada lado do crânio, permitindo assim que o cérebro tivesse espaço para expandir.

O médico nos informou que esta era sua última alternativa, mas que havia um problema: não haviam garantias de que esta cirurgia reverteria o quadro clínico instalado, e que no estado em que a Beatriz se encontrava, provavelmente ela não resistiria a este procedimento. Nós autorizamos a cirurgia, pois sabíamos que Deus estava no controle. Os médicos nos informaram que o quadro que estava instalado dificilmente seria revertido, Beatriz estava com dificuldade para respirar e por isso haviam várias dúvidas se ela respiraria sozinha novamente. Ela estava sendo alimentada por sonda e talvez ficasse assim.

Foram 18 dias em coma sem resposta neurológica, mas, Deus nos mantinha em pé. Nós pedimos ao pessoal da enfermagem e levamos um pequeno aparelho MD e um pen drive com louvores que a Beatriz gostava e também cânticos de cura e vida. Este aparelho ficou tocando o tempo todo, profetizando vida sobre ela. Quando ela acordou do coma, foi transferida para o quarto, pois já não necessitava mais de cuidado intensivo. No entanto, seu quadro clínico não tinha mudança. Todos os dias, o pediatra e o neurologista passavam, mexiam com a Beatriz, beliscavam a sola do pé, apertavam a perna e não havia resposta. Então o médico balançava a cabeça e dizia: “é, era esperado” ou então “a filha que um dia vocês tiveram morreu, agora vocês terão que aprender a cuidar da nova”.

Minha expectativa era que quando a Beatriz saísse do hospital, ela estaria bem, estaria recuperada. Mas não foi isso que aconteceu. No dia 19 de setembro ela foi para casa, já não tinha o cabelo cumprido e lindo, não falava, não movia braços, pernas, estava confinada a uma cama hospitalar e uma cadeira de rodas. As pessoas a nossa volta sentiam pena, outras nos acusavam de termos sido egoístas. Uma pessoa chegou a dizer: “vocês deveriam ter deixado Deus levar a Beatriz, agora por causa do egoísmo de vocês, ela vai ficar vegetando. Vou dar um conselho, contratem uma enfermeira para cuidar dela, pois a família precisa continuar a vida e a Beatriz vai viver a dela”. Nós recusávamos estas palavras e continuávamos clamando diante de Deus com oração e jejum, pois acreditávamos que Deus ainda faz milagres em nossos dias, é preciso crer, é preciso lutar.

Há uma palavra no Evangelho de João 6 na qual os discípulos queriam saber de quem era o pecado pelo fato do homem ter nascido cego, a resposta de Jesus foi: “foi assim para que se manifeste nele as OBRAS DE DEUS” (Jo 6:3). Nós entendíamos que Deus estava trabalhando e que seu nome seria glorificado. Um dia nós levamos a Beatriz a um posto de saúde, pois precisávamos de um encaminhamento para o neurocirurgião. Eu entrei no consultório e expliquei a situação para a pediatra do posto, ela me disse que precisava ver a Beatriz e eu fui buscá-la no carro. Quando entrei no consultório com minha filha nos braços (nesta época ela tinha oito anos), a médica olhou para mim e perguntou: “pai, por quê tanta pressa, o que pode mudar no quadro desta menina?” Aos olhos naturais não havia saída, somente em Deus.

Além do quadro clínico da Beatriz, tínhamos outro desafio, ela precisava fazer uma cirurgia para implantar uma prótese no crânio, no local onde foi retirado o osso. O valor da cirurgia era R$ 147.000,00. Nós não tínhamos este dinheiro, estávamos orando e planejando vender algumas coisas que tínhamos para tentar levantar o valor. Então um amigo, numa visita nos aconselhou a fazer uma campanha para arrecadar o dinheiro. Mas era alto e como conseguir? Quando Deus está no controle, todas as portas se abrem.

Fizemos um vídeo e publicamos no youtube, aos poucos a história se tornou conhecida, muitas pessoas começaram ajudar. Um dia recebemos uma ligação; era uma mulher que perguntou quanto nós já havíamos arrecadado e se o quadro clínico da Beatriz mudaria após a colocação das próteses. Respondi que os médicos não nos davam esperança, mas que confiávamos em Deus. A Beatriz não precisava das próteses para se recuperar, ela precisava para proteger o cérebro que estava coberto apenas pelo couro cabeludo. Eu informei a senhora que tínhamos arrecadado mais ou menos R$ 90.000,00 e que então faltava pouco mais de R$ 57.000,00. A mulher agradeceu e disse que estava com um grupo de pessoas, e que eles iriam ver o que podiam fazer por nós. Três dias depois eu fui ao banco para checar o saldo e lá estava um depósito de R$ 57.000,00 feito de forma anônima que havia completado o dinheiro que precisávamos. Até hoje guardo o extrato bancário. Em 40 dias Deus nos deu cada centavo que precisávamos. Em nossa vida se cumpriu a palavra do Apóstolo Paulo “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Fl 4:19. DEUS É FIEL.

No dia 23 de dezembro de 2011 a Beatriz fez a cirurgia que reconstruiu o crânio. Mais uma vitória em nome de Jesus. Mas, Deus faz muito mais, Deus honra nossa fé. Eu penso e creio que Deus está neste momento olhando dos céus, esperando uma oportunidade para manifestar o seu poder. Procurando um pessoa de fé, que olhe para o gigante e diga “eu vou a ti, em nome do Senhor dos exércitos”.

Muitas pessoas não entenderam toda a situação que nós vivemos, não entenderam como nos mantínhamos em pé. A psicóloga do Hospital Evangélico conversou comigo e com minha esposa na primeira semana de internação, e quando ela soube que eu estava com a Beatriz no momento do acidente, que eu vi tudo, ela me perguntou “e o senhor está bem? O senhor está dormindo de noite? Está tendo pesadelos?”. Minha resposta foi não. Eu confio em Deus, sei que Ele está no controle. As enfermeiras entravam no quarto e diziam “nossa, como pode? diante da situação que vocês estão vivendo, a gente entra neste quarto e sente paz. Em outros lugares com situações bem menores, as pessoas estão desesperadas e vocês aqui louvando a Deus”. Muitas vezes as enfermeiras pediam para levar parentes de pacientes até o quarto da Beatriz para que pudéssemos compartilhar nossa fé e assim fortalecê-los.

Mas o melhor ainda estava por vir! No dia 20 de dezembro a Beatriz teve a última sessão de fisioterapia do ano, ela entrou e saiu da clínica na cadeira de rodas. Mas, nós tínhamos uma forte determinação através da palavra de Deus que não era daquela maneira que as coisas iriam continuar. No dia 27 de dezembro chegou nosso presente de natal. Eu estava saindo para ir a igreja, iria ministrar naquela noite, a Beatriz estava sentada no sofá, apoiada por almofadas. Depois de me despedir da minha esposa, do Matheus e do Daniel, fui até ela, peguei em suas mãos e disse: “Beatriz olha para o papai”, ela levantou a cabeça e eu continuei: “O papai está indo para a igreja. Faz tempo que você não vai né? Eu sei que nos próximos dias você vai poder ir”. Enquanto eu falava senti ela segurando firme em minhas mãos e eu segurei mais firme ainda e num salto, ela ficou em pé. Eu tomei um susto e dei um passo para trás e a Beatriz um para frente, eu comecei a gritar minha esposa, e fui dando passos para trás e a Beatriz para frente e assim ela saiu andando.

Vários dias antes, minha esposa estava conversando com uma fisioterapeuta e perguntou quanto tempo ela achava que levaria para a Beatriz voltar a andar. A fisioterapeuta respondeu que era formada há vários anos, com pós graduação e não conhecia na literatura médica a história de que alguém houvesse sobrevivido a um acidente como o da Beatriz, quanto mais voltar a andar. “Talvez um dia a Beatriz andasse com a ajuda de um andador, muleta, mas, andar normalmente, eu não acredito que ela vá”, disse a médica.

Mas Deus é poderoso, o impossível é impossível simplesmente porque Deus ainda não se manifestou em nossas vidas. Quando voltamos para as terapias as profissionais ficaram abismados: “o que aconteceu”, elas perguntavam. UM MILAGRE!!! A fé nos levou a crer, a lutar em Deus e através dele para que o quadro clínico da Beatriz mudasse.

Em fevereiro de 2012 a Beatriz começou a pronunciar as primeirs palavras, Deus estava acrescentando bênçãos em nossa vidas, completando sua obra. Aos poucos ela começou a falar e interagir com as pessoas a sua vida. Sabe querido(a) desde o acidente, nós não ficamos ao lado da cama chorando, perguntando para Deus “POR QUÊ?”, nós sabíamos que tínhamos uma necessidade e que Deus era poderoso para mudar cada circunstância. Para cada sentença médica, nós tínhamos uma promessa da Palavra de Deus capaz de cancelar o que havia sido dito.

Eu não sei o que você está vivendo neste momento. Mas uma coisa eu sei: DEUS NÃO ABANDONA quem nele crê. A fé é o combustível que move as mãos de Deus a nosso favor. Milagres são resultados da intervenção de Deus na realidade humana. Talvez ao olhos naturais sua situação não muda! Mas, através de Deus é possível vencer! Creia na palavra de Deus, creia no poder do Senhor Jesus Cristo. Ele é o autor e consumador da nossa fé. Assim como Deus o ressuscitou dos mortos e pode TRANSFORMAR sua história!

Eu me coloco a sua disposição, se desejar conversar, ou se precisar de uma oração. Entre em contato comigo.

Pr Isaque Roberto
Londrina – Paraná
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