Saiba mais sobre dízimo e oferta na entrevista com o especialista em Finanças Bíblicas, pastor Ivonildo Teixeira
Por Monique Suriano
moniquesuriano@yahoo.com.br
O especialista e autor de 40 livros publicados na área de Finanças Bíblicas, pastor Ivonildo Teixeira, concedeu entrevista ao JRE e deixou sua opinião sobre questões polêmicas como: Deus deseja que prosperemos? É pecado ser rico? Por que devo dizimar? Confere que vale a pena.
JRE: O cristão pode ser rico?
Pr. Ivonildo Teixeira: Não só pode, como deve. A Bíblia é muito farta quando fala que Deus é o dono de todas as riquezas. Com a Bíblia nós vamos descobrir que Deus prosperou e enriqueceu muita gente. É claro, a Bíblia não diz que todo mundo vai ser rico, mas de jeito nenhum é pecado ser rico. Ter dinheiro é coisa boa, coisa de Deus. Na Bíblia existem 2.095 passagens sobre cuidados com o dinheiro, administração, como ganhar, como investir, como gastar, como doar. Jesus, em três anos e meio de ministério, falou 90 vezes sobre esse assunto. Então bens e dinheiro é um assunto importante, que precisa ser ensinado.
JRE: Existe diferença entre prosperidade e riqueza?
Pr. Ivonildo Teixeira: Sim. Há pessoas ricas, que não são prósperas. São pessoas que tem dinheiro, mas não tem a felicidade da prosperidade. E há pessoas que são prósperas e não são ricas. Não têm a conta bancária gorda, mas estão sempre melhorando, crescendo na vida. Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é. Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer. A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus.
JRE: Porque é tão importante dizimar?
Pr. Ivonildo Teixeira: Porque eu estou obedecendo a um princípio eterno. A primeira alusão ao dízimo aparece lá no princípio, lá no Éden. Deus ordenou ao homem que não comece do fruto de apenas uma das árvores, de todas as outras poderia comer. É um privilégio você dar seguimento a um princípio deixado pelo próprio Deus, que está intrínseco em todos os livros sagrados. De Gênesis a Apocalipse nós encontramos, de uma maneira ou de outra, os princípios do dízimo e da oferta. Eu vejo como uma oportunidade para quem quer viver uma vida de inteligência.
Qual a diferença entre dízimo e oferta?
O dízimo é devolver para Deus a décima parte de tudo quando eu ganho. É um valor definido. A oferta significa um presente que eu dou a quem amo. Quando eu trago isso para o âmbito da igreja, significa quem eu estou presenteando ao Deus que amo. Estou presenteando a casa do Deus que eu sirvo e adoro. Então a oferta pode ser menos que o dízimo, igual ao dízimo, e maior que o dízimo. Eu conheço a história de um católico empresário do Brasil que devolve 95% do seu lucro para Deus. A oferta vai do coração de cada um. Quem quiser pode doar tudo. A viúva deu tudo o que ela tinha para viver.
O cristão pode administrar o seu dízimo?
Encrenca pura. Ai dele se fizer isso. Nós estamos vivendo hoje uma luta muito grande com o movimento da Teologia Liberal. Um movimento que tenta atacar a igreja e atacar a Bíblia. Eles têm umas dicas “maravilhosas”, que são armadilhas do cão. Eles ensinam que você pode usar o dízimo para pagar a faculdade do seu filho, pagar a prestação de um carro, pagar um tratamento dentário, comprar remédios. São os papais noéis da Era Moderna. Eles pegam um texto da Bíblia que fala de oferta, para falar de dízimo. Se o dízimo é de Deus, é claro que a administração do dízimo está a cargo da Igreja. O cristão comum não tem aval bíblico para administrar dízimos e ofertas. Ele precisa entregar o dinheiro no templo. Os líderes é quem são as pessoas investidas de autoridade para deliberar sobre o uso das finanças.
O dízimo deve ser calculado do valor líquido ou do valor bruto do sálario?
Depende. Se a pessoa quiser ser abençoada do líquido, ela dizima do líquido. Mas se ela quiser ser abençoada do valor bruto, ela dizima do bruto. Mas eu tenho uma orientação quanto a isso: se você dizima do bruto, ao receber algum benefício, como rescisão, por exemplo, lá na frente você não precisa entregar o dízimo. Mas se você entrega o dízimo do líquido, quando receber um benefício, terá que tirar o dízimo.