O estudante de Engenharia, Matteo Valdambrini, que se intitulava “O Diabo”, ainda forçava menores a cometer atos canibais

 

O estudante de economia de 23 anos foi detido em Toscana, na Itália após as alegações de crimes de abuso sexual de menores, escravidão e posse de pornografia infantil virem à tona. Matteo Valdambrini era líder de um culto satânico e se intitulava de “O Diabo”, obrigando menores a atos sexuais e comer o que ele dizia ser carne humana com o pretexto que isso os daria “poderes sobrenaturais”.

Segundo informações da imprensa local, o suspeito escravizava seus seguidores e os obrigava a ter relações sexuais com ele em uma floresta, durante rituais de iniciação dizendo que isso os livraria de seus demônios. Nesses rituais, ele seria enforcado por novos membros da seita, se fingiria de morto e depois se levantaria como sinal de ressurreição. A imprensa relatou que na véspera de Ano Novo de 2018, as vítimas foram instruídas a comer ‘carne humana’ que ele alegou ter comprado de um homem que vendia corpos em Florença.

Em fevereiro deste ano, duas vítimas denunciaram os crimes que foram sujeitas. De acordo com elas, Matteo selecionava vítimas vulneráveis de forma on-line e dizia à elas que foram escolhidas para salvar o mundo. Uma das vítimas relatou que ele ameaçou matar a irmã de sete anos e os pais de uma garota, para impedi-la de denunciar os abusos. Logo, mais casos contra o líder vieram à tona.

As autoridades de Florença dirigiram-se até a casa onde o italiano morava com os pais para o prender. Também relataram que ao menos 13 jovens foram abusados por Matteo, sendo dois deles menores de idade e que ele os obrigava a enviar fotos nus para serem oferecidos a uma entidade sobrenatural chamada Hydra. Fotos essas que eram usadas como chantagem para os forçar a terem relações sexuais.

O caso, que foi inicialmente uma investigação sobre quatro vítimas, está em andamento e Matteo encontra-se em prisão preventiva até o julgamento

Por Milena Scheid
Foto: CEN/@matteo.valdambrini