O que esses termos significam? Qual é a diferença entre isolamento, quarentena e distanciamento social?
Na última sexta-feira, 05, completou um ano desde que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no estado do Rio de Janeiro. De lá pra cá vivemos tempos difíceis com o estabelecimento da pandemia. A chegada do novo coronavírus afetou a rotina de todo o mundo. Todos tiveram que se habituar a muitas coisas, inclusive com o uso da máscara e do álcool em gel com frequência. Algumas palavras como quarentena, isolamento, distanciamento social e lockdown foram inseridas ao nosso vocabulário. Mas o que é o lockdown do coronavírus? E qual é a diferença entre isolamento, quarentena e distanciamento social?
O termo lockdown não é novo. Em inglês já era usado para se referir a situações que exigem algum tipo de bloqueio de acesso ou isolamento. Por exemplo, uma ameaça de bomba em uma rua pode causar o lockdown do centro da cidade. Portanto, lockdown é uma situação na qual pessoas são impedidas de circular livremente em uma área devido a uma emergência. Curiosamente, o termo não é uma definição médica e nem é usado por autoridades de saúde – mas se tornou uma das palavras mais comuns para definir as medidas de distanciamento adotadas por muitos países recentemente.
Durante a pandemia, aqui no Brasil, o lockdown é entendido como uma medida muito mais dura para restringir a circulação das pessoas e evitar a propagação do vírus. Nesse contexto, apenas serviços considerados essenciais podem funcionar, e a população pode sair apenas para comprar alimentos, remédios ou buscar atendimento médico, por exemplo. É importante ressaltar que, muitas vezes o termo lockdown é usado como sinônimo de quarentena.
A quarentena restringe o acesso ou circulação de pessoas que foram ou podem ter sido expostas a doenças contagiosas. O temo surgiu em Veneza, na Itália, em meados do século XIV durante a peste bubônica. Essa foi a maior e mais letal pandemia da história, que matou de 50 a 200 milhões de pessoas. Hoje, muita gente usa o termo quarentena como sinônimo de distanciamento social ou isolamento físico. Por isso, é comum ouvir de pessoas que estão ficando em casa que elas estão “de quarentena”. Mas quarentena é diferente de isolamento, que é a prática de separar as pessoas doentes das que estão saudáveis. Quem está em isolamento fora do hospital fica em casa, mas separado dos demais membros da família.
É o governo através do debate político que define às medidas a serem adotadas para a diminuição dos efeitos de uma doença na sociedade e quais serviços considera essenciais para funcionamento. Dependendo da duração, o lockdown pode provocar queda brusca na renda e nas condições mínimas de saúde – seja física ou mental – nas famílias mais vulneráveis. O maior desafio dos governantes é encontrar alternativas que contemplem a saúde e a economia. E não há dúvidas de que esse é um momento onde a responsabilidade é coletiva.
Com certeza, o isolamento social está trazendo muitas lições e mostrando que até mesmo as coisas mais simples como dar uma volta no shopping, sair com os amigos ou abraçar um ente querido pode nos fazer repensar sobre os reais valores da vida. Por isso, muito se fala que mesmo sendo uma fase difícil, ao ser superada deve deixar algum aprendizado. O que não dá para evitar, a gente enfrenta. Novas práticas podem evitar o surgimento de incômodos e doenças típicas desse período, como ansiedade, irritabilidade, insônia e depressão. Praticar exercícios físicos, assistir a filmes, atualizar a leitura, estudar, arriscar receitas novas na cozinha, brincar com as crianças, investir em jogos em família, promover cultos domésticos e usar plataformas de videochamada, como Zoom Meetings, Google Hangouts e Skype, onde é possível reunir um bom número de parentes em uma única tela.
Cristo quebrou as barreiras sociais e tornou possível que fôssemos feitos um só povo, uma só nação, um só corpo sob o mesmo Cabeça. Ainda que a presença física de Cristo esteja temporariamente suspensa, estamos unidos a Ele pelo Espírito, e é tal Espírito que promove a nossa comunhão com Deus e com o próximo. “Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me deem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente” (Filipenses 2.1,2). Nossa comunhão com Deus e com o próximo não acabou porque o Coronavírus nos deixou em casa longe uns dos outros.
Por Monique Suriano