Tanto Jesus quanto São Paulo mencionam a responsabilidade de submeter-se às autoridades governantes e isso inclui o voto.
Na eleição de 2016 nos Estado Unidos, apenas cerca de 61% dos americanos com idade para votar votaram. A porcentagem de cristãos que se identificaram e votaram, tanto evangélicos quanto não evangélicos, foi bastante semelhante. Se a fé faz diferença em todos os aspectos da vida dos cristãos, ela deve moldar a forma como pensam e vivem a cidadania também, eles têm a responsabilidade cívica e cristã de votar.
Aqui estão três razões pelas quais cristãos deveriam votar:
Primeiro ponto: votar é um ato de obediência. Tanto Jesus quanto São Paulo mencionam a responsabilidade de submeter-se às autoridades governantes e “entregar à César o que é de César” e navegaram nas realidades das várias autoridades políticas que enfrentaram de maneira diferente, dependendo da natureza de sua autoridade política e de seus direitos como cidadãos. Por exemplo, Jesus nunca foi a Roma, mas frequentemente confrontou estruturas e poderes políticos judeus. Paulo reivindicou e apelou para a cidadania romana quando foi preso.
Não é se submeter à autoridade política em si, quando o cristão vota, ele concede autoridade política aos representantes que elegem. Portanto, no contexto atual, votar é a forma mais fundamental de “entregar a César o que é de César”.
Segundo ponto: a Escritura descreve o pecado não apenas como algo errado, mas também como falha em fazer o bem que se pode. Votar é uma oportunidade de fazer algo de bom. Os cristãos devem ver o voto como uma oportunidade de administrar o que é bom.
Último ponto: votar é uma forma de cumprir o que Jesus chamou de o maior mandamento e “o segundo semelhante a ele”. Amar a Deus de todo o coração, mente, alma e força significa, até certo ponto, amar o que Deus ama: justiça, retidão, verdade e hospitalidade são todas as coisas que Deus ama e podem ser refletidas na lei e na política.
E amar o próximo como a nós mesmos significa mais do que gentileza de um para o outro. Votar de forma a apoiar a família e impedir a experimentação sexual em crianças é uma forma de amar as crianças. Votar em políticas que ofereçam oportunidades reais para os pobres e necessitados é uma forma de amá-los.
Cumprir o dever cívico e cristão não é apenas votar, mas votar de maneira correta. Como votar entre candidatos, seja para presidente ou qualquer outro cargo, sempre envolverá escolher entre as melhores das opções imperfeitas, o melhor que pode-se fazer é fazer comparações. Primeiro, o cristão deve comparar sua visão de mundo, porque essa é a base de seu caráter pessoal e de sua política pública. A visão de mundo de um candidato, por outro lado, revela aquelas crenças fundamentais de como eles governarão, especificamente, o que eles acham que precisa ser consertado e cuja função eles acham que é consertar.
Por Milena Scheid
Foto: NELSON JR./ASCOM/TSE