Quem deixa outra experiência religiosa para abraçar a fé, precisa assumir um compromisso público com a ética cristã

 

Você conhece alguém que deixou uma religião de matriz africana e abraçou o cristianismo? Caso sim, neste convívio, você pode perceber mudanças significativas em sua conduta, bem como se espera que aconteça com qualquer pessoa que vem à fé? Certamente, uma das demandas maiores do evangelho de Jesus é que as pessoas mudem progressivamente em suas atitudes por causa do bem que lhe habita que é o próprio Deus na pessoa do Espírito Santo.

A prática do bem é um valor universal que permeia diversas culturas e religiões ao redor do mundo. No contexto do cristianismo evangélico, a prática do bem é considerada um dever moral, uma vez que os cristãos acreditam que Deus é amor e que, portanto, devem refletir esse amor em suas ações.

No entanto, é comum vermos evangélicos que não vivem de acordo com essa premissa. Alguns se envolvem em práticas condenáveis, como a corrupção, a violência e a intolerância, enquanto outros simplesmente se omitem diante das injustiças que acontecem ao seu redor. Esse comportamento, além de ir contra os ensinamentos bíblicos, prejudica a imagem do cristianismo e afasta as pessoas da fé.

Para que o evangélico deixe de fazer o mal e pratique o bem, é necessário que ele tenha uma compreensão clara do que isso significa na prática. Fazer o mal pode ser entendido como qualquer ação que cause dano ou sofrimento a outras pessoas, como a mentira, a traição, o furto, a violência física ou verbal, entre outros. Já a prática do bem envolve ações que visam o bem-estar do próximo, como ajudar quem está em necessidade, ser solidário, perdoar ofensas, ser um bom amigo, ser um bom cidadão, entre outros.

Além de compreender esses conceitos, é preciso que o evangélico esteja comprometido em colocá-los em prática em sua vida cotidiana. Isso implica em ser uma pessoa honesta, justa e ética em todas as suas relações, seja no ambiente de trabalho, na família, na igreja ou na sociedade em geral. Também implica estar atento às necessidades dos outros e ser proativo em ajudar, seja por meio de doações, trabalho voluntário ou simplesmente oferecer uma palavra de conforto.

A prática do bem envolve também a promoção da justiça e da igualdade. Isso significa lutar contra a polarização política que divide a sociedade entre “mocinhos e vilões”, o preconceito e a exclusão social, e defender os direitos humanos e as liberdades individuais. É importante que o evangélico esteja engajado em causas que visem o bem comum e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E no caso de alguém que assumiu publicamente a fé no evangelho, mas que ainda continua com as práticas da antiga religiosidade? É importante deixar claro que essa pessoa precisa ser discipulada e aprender sobre a necessidade de abandonar tudo aquilo que remete à vida antiga para seguir efetivamente o Senhor Jesus. Faz-se necessário que essa pessoa compreenda que a novidade de vida em Cristo implica diretamente na renúncia de alianças religiosas anteriores, e que não é possível servir dois senhores, pois há de se agradar um enquanto se rejeita o outro.

Por fim, buscando arrematar toda a reflexão, é preciso lembrar que a prática do bem não deve ser vista como uma obrigação, mas sim como um privilégio e uma oportunidade de exercer a fé em ação. Quando o evangélico se compromete em fazer o bem, ele não apenas contribui para a construção de um mundo melhor, mas também se aproxima de Deus e do seu propósito para a vida.

Em resumo, a necessidade do evangélico deixar de fazer o mal e praticar o bem é uma questão de mudar com os valores cristãos e de responsabilidade social. É preciso que os evangélicos sejam exemplos de amor, justiça e felicidade em suas comunidades, a fim de promover a paz, a harmonia e o bem-estar para todos.

Quem deixa outra experiência religiosa para abraçar a fé, precisa assumir um compromisso público com a ética cristã. É preciso viver a Palavra, não apenas crer nela.