O tratamento de um “membro” com problema espiritual ou psicológico, deve ser inteiramente impessoal. A relação que será desenvolvida com este “membro” é obrigatoriamente pessoal. O membro da igreja distingue o seu pastor, pelo cargo que exerce, como alguém que tem privilégios sobre ele, e que tem também acesso ao mais íntimo lugar escondido da sua alma.
O pastor deve tomar consciência deste fato para que possa logo no início do aconselhamento encontrar a excelência das suas funções, “discernimento dos espíritos”. Mostrar qualidades como: conselheiro, amigo, confortador hábil e conhecer bem a natureza dos problemas apresentados. O pastor jamais será procurado pelos problemas de uma pessoa. Quando o membro procura o pastor é ele quem traz em si, ou seja, dentro dele os seus problemas. Um diagnóstico preliminar deverá ser o ponto inicial para a solução apresentada. O pastor deverá dar muito mais que um diagnóstico, ele deverá passar confiança, transmitir ao membro carente, esperança na solução de seus problemas, ministrando sobre ele remédio tido como ideal.
Há uma diferença fundamental entre o aprendizado teológico e o exercício prático para diagnosticar um quadro de crises e sofrimentos e a conduta adotada durante o período da investigação para o tratamento. O contato do pastor com o membro deverá se desenvolver em um relacionamento pessoal. Tanto a análise das particularidades como o tratamento deverão ser personalizados. Como parte desse processo devem ser levadas em conta todas as circunstâncias de ordem espiritual, social, econômica, familiar, profissional, psicológica entre outros, que caracterizem o membro como um todo. Nada deverá, a princípio, ser descartado. O pastor deverá dar sentido altamente humanístico e também espiritual ao exercício de suas habilidades aprendidas ao longo de suas experiências. O membro deve se sentir “confortável” para expor com riquezas de detalhes seus problemas. E para que ele possa fazer isso, torna-se necessário uma reciprocidade de muita confiança neste relacionamento.
A função principal da Igreja é conduzir o ser humano a Deus através de Jesus Cristo o Salvador. É Através dela que os pecadores são ensinados sobre os efeitos das desobediências aos mandamentos do Senhor. Uma vez que fundamentado tais ensinamentos, a igreja deve anunciar o arrependimento de tais desobediências. O que se percebe é o crescimento de membros portadores de sofrimentos pré-agônicos onde a atenção do corpo da “igreja saudável” pouco faz por elas. Entretanto a igreja deve oferecer a eles e seus familiares o que Jesus ensinou quando aqui esteve. Casos de membros com problemas agudos devem ter a atenção redobrada do pastor e da igreja. O pastor deverá usar todos os métodos de suas experiências para ajudá-los.
Observa-se que nesse tempo torna-se necessário a presença constante e diária de homens prontos e preparados para dar conselhos ao povo. As igrejas devem se preparar para ficarem abertas vinte e quatro horas por dia, por causa da demanda. O número de feridos e doentes tem aumentado a cada dia. As igrejas devem ser comparadas a um hospital geral onde devem existir “médicos e enfermeiros” em todos os quadros “Clínicos”. Um pronto socorro de nível elevadíssimo com profissionais gabaritados e prontos para todo tipo de problemas apresentados.