A presidente Dilma Rousseff (PT) fez um discurso na última terça-feira, 15 de setembro, associando a arca construída por Noé para se prevenir do dilúvio aos avanços promovidos pela ciência ao longo dos séculos.
Conhecida por seus improvisos confusos e, muitas vezes, desconexos, a presidente tornou-se, mais uma vez, alvo de piadas nas redes sociais e blogs sobre política.
A cerimônia em que Dilma discursava era a entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, com uma plateia formada por pesquisadores e estudiosos, além dos inscritos na premiação. A presidente, então, ressaltando a importância da ciência para a humanidade – e suas aplicações em um “país pacífico” como o Brasil -, usou a embarcação construída pelo personagem bíblico como uma espécie de marco científico.
“Considerando a capacidade de distribuir o seu desenvolvimento com a sua população, transformar o mundo significa, necessariamente, levar a cada uma das pessoas as melhores condições de vida, não é, Aldo [Rebelo]?, desde a Arca de Noé”, afirmou Dilma.
A curiosidade é que, no meio científico, admite-se que uma embarcação como a arca descrita na Bíblia poderia abrigar um grande número de espécie e flutuar em uma inundação, mas com a ressalva de que a narrativa é improvável. Muitos cientistas são céticos quanto à ocorrência de um dilúvio milênios atrás e até à iniciativa de preservação de espécies protagonizada por Noé.
Não demorou para que a fala da presidente virasse uma nova piada: “Dizer o quê? É… Quando Noé, um conservador, escolheu um macho e uma fêmea de cada espécie para enfrentar aquele chuvisqueiro, não deixava de haver ciência ali, né? Sabe como é… Um macho, uma fêmea, o balanço da arca, aquele tédio, Kiko Zambianchi na vitrola: ‘Mas só chove, chove, chove…’. Hoje em dia, Noé teria trabalho, coitadinho! As transgêneras logo se levantariam: ‘A gente vai morrer afogada, seu Noé?’”, escreveu o jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog no site da revista Veja, fazendo troça com a fala da presidente e com o posicionamento ideológico de seu partido a respeito das minorias sexuais.
Fonte: Gospel +