Eu estava muito feliz pela realização da formatura do meu filho Rubem Ribeiro, que coincidentemente se realizaria no dia do meu aniversário, no dia 16 de julho de 2008.  No dia anterior, eu fui ao salão me arrumar e quando a cabeleireira colocou a mão na minha cabeça, eu comecei a sentir uma confusão fora do normal em minha mente. Eu cheguei a pedir que ela parasse, pois não estava me sentindo bem. Logo depois eu desmaiei e as irmãs me contaram que eu tive uma convulsão, fiquei muito branca e depois minhas mãos e boca começaram a ficar roxas.  Elas começaram a clamar o nome de Jesus e meus sentidos voltaram lentamente.

Naquele dia eu estava acompanhada da minha filha, que imediatamente me levou ao hospital. Chegando lá, os médicos fizeram uma tomografia computadorizada e constataram que eu estava com um aneurisma cerebral em estágio avançado, e que talvez não pudesse mais andar. Minha família foi me visitar no hospital e meu filho disse que não iria mais à formatura. Eu fiquei muito brava e implorei que eles não deixassem de ir por minha causa, pois essa era a vitória que tanto tinha pedido a Deus e não permitiria que as circunstâncias nos roubassem essa alegria concedida por Deus.  Todos os meus filhos já estavam formados, só faltava ele.

Depois disso, os médicos me conduziram ao CTI para um tratamento mais preciso. Fiquei internada até o dia da cirurgia na cabeça.  Os médicos estavam muito preocupados, pois a cirurgia era exatamente na parte responsável por todos os movimentos do corpo. Depois da tomografia fiz também uma ressonância magnética e os médicos se espantaram ainda mais, pois descobriram outra deficiência. Os médicos estavam abismados, porque pelo resultado dos exames eu já deveria estar com sequelas.

No dia da cirurgia, a anestesista disse que iria me entubar, mas eu disse que não queria ser entubada, pois me encontrava muito tranquila e no meu íntimo eu cria no Deus da minha vida. Depois de tudo que os médicos viram, eles disseram que com certeza depois da cirurgia eu tinha grandes chances de ficar cega, muda e sem poder fazer nada sozinha. Eu fiquei acordada durante todo o processo cirúrgico e agradeci a Deus pois ele tinha me permitido passar por tudo acordada, e vi o quanto Ele é por mim.

Durante a cirurgia, eu contemplei por detrás do médico uma luz grande como um homem alto, muito alto e um hino cantando ao fundo a música: “sai da caverna pode sair, Deus não vai te desamparar, a mão de Deus é sobre ti, você não pode parar”.  A cirurgia que iria durar uma hora, durou 3 horas e meia.

Depois da cirurgia fui para o quarto de repouso lúcida, e sem sequela nenhuma para honra e glória do Senhor Jesus. Deus me deu essa vitória de poder rever toda a minha família e estar na casa dele para adorá-lo de todo o meu coração. Então o que seria uma grande tragédia, se tornou um grande milagre. É assim que Deus faz!!