A pastora e cantora Fernanda Brum fez um desabafo em sua página no Facebook sobre as críticas que recebeu por ter cortado e tingido seu cabelo

Em um texto chamado “A Idolatria do Cabelo”, a cantora gospel diz que muitas pessoas consideram seu cabelo uma espécie de “patrimônio público”, mas que sentiu desejo de mudar o visual.

“Mulheres são dignas porque decidiram ser, não porque tem um cabelão grande. Tem gente que tem a língua ainda maior que o cabelo”, disparou a cantora.

Fernanda Brum destaca que sofreu com uma doença capilar, e que em breve, contará mais detalhes sobre o caso, em um livro que será publicado nos próximos meses.

Confira abaixo, a íntegra do desabafo da cantora Fernanda Brum:

A Idolatria do Cabelo

Ainda hoje, em muitos lugares, a “força” está ligada ao tamanho de seus cabelos. As pessoas geralmente relembram do voto de “nazireado”, de Sansão e Dalila.

No meu caso, as pessoas consideravam meu cabelo um patrimônio público ou como se tudo que eu sou, fosse meu cabelo… Votos e características religiosas se ligam ao “visual” do véu.

Gente, cada um com a sua própria experiência e com o cabelo que gosta. Chegou MEU tempo de mudar…

Em algumas culturas as mulheres raspam a cabeça e colocam perucas, outras usam burcas, outras um véu, outras um hábito. Dessa maneira cada um se segura em suas religiosidades.

Meu cabelo não é patrimônio público, muito menos religioso. Lembro-me de uma ministra amiga minha, que foi chamada a atenção em uma igreja porque estava de cabelo curto ministrando.

O responsável pela igreja não tinha a menor ideia da enfermidade que ela estava atravessando. Ficou muito sem graça quando o marido da cantora o confidenciou a real história da ministra pentecostal.

Mulheres são dignas porque decidiram ser, não porque têm um cabelão grande. Tem gente que tem a língua ainda maior que o cabelo! ?#?Cuidado

Minha intimidade com Deus e meu chamado não estão no meu cabelo. Paulo vai dizer que o cabelo é o véu da mulher, baseando-se na cultura oriental, cuidando de uma igreja plural que trazia em seus costumes “penteados cultuais”.

Eu tive uma doença chamada Alopecia Areata Focal e vou escrever sobre isso no meu próximo livro. Muitas mulheres sofrem com essa doença. É terrível! Graças a Deus eu fui curada! Não mudei o visual por conta da alopecia, mas porque hoje, cabelo, não tem o mesmo valor que eu dava antes. Voto? Sinônimo de santidade? Religiosamente correto?

Eu sou livre! Jesus me fez livre!!! Um salve a todas as meninas de lencinho na cabeça, pós quimioterapia. Meu abraço a todas as crianças escalpeladas da Amazônia. Meu abraço a todas as meninas com alopecia focal ou universal! Porque eu creio que Jesus cura!

A unção está dentro de nós e a palavra em nossas línguas são como fogo!

Viva as mulheres de Cabelinho, as mulheres de cabelão! Sejam lindas, se cuidem com equilíbrio e decência e cheias do Espírito Santo! Para sempre Jesus reinará e virá nos buscar e, teremos um corpo glorificado!