A desconstrução da imagem da família tradicional é uma meta permanente do governo federal, que mobiliza recursos públicos e estruturas governamentais, especialmente na educação, para cumprir sua meta. Quem confirma a informação é o próprio governo. O fato foi trazido à luz pela advogada, pedagoga e pastora Damares Alves, em recente palestra realizada em Arujá, na Grande São Paulo, em evento no qual a palestrante trouxe novas e polêmicas informações sobre a “guerra ideológica contra a família”.

Uma das informações mais intrigantes trazidas pela palestrante foi a de que a família tradicional – cuja base é o casal heterossexual – deve ser desconstruída conforme um decreto presidencial que confirma que há um esforço contra a família realizado pelo governo federal. Trata-se do decreto Presidencial 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que dentro do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), na seção de Ações Programáticas, no Objetivo Estratégico 5, traz a seguinte declaração de prioridade: “Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”

A advogada notou que o decreto foi feito sob medida para agradar ao movimento LGBT, que não se contenta em promover causas e direitos de homossexuais, mas avança na agenda de desconstrução da família tradicional e da heteronormatividade. “O reconhecimento de famílias é aceitável. O problema é a desconstrução da heteronormatividade. O que é heteronormatividade? É a família tradicional, o casal hetéro. Em outras palavras, temos um decreto presidencial que diz: desconstrua a família tradicional”, declarou Damares Alves.

Guerra ideológica na educação

Uma das consequências concretas do estabelecimento da desconstrução da heteronormatividade como prioridade do governo federal é uma educação pública aparelhada pela agenda ideológica do movimento LGBT. Damares Alves citou várias denúncias de pais e mesmo de professores sobre situações absurdas vivenciadas por estudantes nas escolas públicas brasileiras. Tudo isso resultado do aparelhamento do Estado por um movimento que tem como alvo a família tradicional.

São cartilhas pedagógicas recheadas com notórios incentivos à masturbação, iniciação sexual precoce e experimentação de comportamento bissexual. Algumas cartilhas, de tão explícitas, se tornaram alvo de denúncias dos pais e ganharam reportagens na TV. “Isso não é combate ao preconceito. Não estão respeitando a identidade biológica das nossas crianças. Posso falar de preconceito contra homossexuais sem levar para as escolas, por exemplo, uma cartilha que mostra quatro homens transando. Posso combater o preconceito sem levar isso para crianças entre 10 e 13 anos de idade”, denunciou Damares.

Todas as informações constam no vídeo da palestra “Educação: Missão da Família ou do Estado?”, que Damares Alves realizou em Arujá, para promover ali o projeto de lei do movimento Escola Sem Partido, que busca uma educação sem aparelhamento ideológico.